segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ufaaa, falei!

De quantos tombos precisamos, para aprender a andar direito?
Foi essa a pergunta que me fiz, centenas de vezes. Depois de abominar algumas regras, desistir de alguns lugares, insistir em algumas pessoas, percebi que quanto mais eu erro, menos aprendo.
Muito se fala do amor. do toque. da espera. do sentido. mais não quero falar disso exatamente. quero mais. quero falar de pessoas. e essas cada vez que respiro. precebo que não valem a pena. não que eu seja exagerada. ou parcial demais.me sinto apenas sincera. realista. vivida. não sei como os outros são; e por isso acredito que todos se pareçam comigo. e quando me simpatizo com alguém. e ainda vou mais além. o chamo de amigo. esta pessoa. perde nome. sobrenome. conta bancária. atributos físicos. sobram apenas as risadas. as lágrimas que a gente seca. as histórias que a gente guarda pra contar depois. as noites que dividimos a mesma cama. ou no mesmo espaço. a roupa que a gente empresta. os conselhos que a gente dá e recebe. a preocupação que guardamos. as músicas que ouvimos. o segredo que contamos. e algumas outras tantas coisas. eu pelo menos sou assim. apesar de ser uma pessoa de poucos amigos. porque não acho que essa seja uma qualidade. que se dá em qualquer esquina. ou se compra em um botequim. penso que ser amigo. é atemporal. não tem lugar. não tem distância. e se lixa pra conta de telefone. e mais. muito mais. chega a ser amor. e eu dou minha vida para as pessoas que amo. porque só sei ser exagerada. excessiva. demasiada. hipérbole continuada. é meu jeito. minha sintonia. minha pessoalidade. e depois eu tombo. porque acredito que as pessoas são assim. como eu. que acordam de madrugada. que atendem os telefonemas. que passam a noite no hospital. que dão carona. deixam de matar a fome. para dividir com o amigo. gastam a mesada na conta do telefone. porque amigos. são pra essas coisas. inclusive para comprar brigas. da qual você não faça parte. afinal quem mexe com algum amigo seu. te torna parte do evento. parece engraçado. sem não fosse tão trágico. ou real. as palavras aqui jogadas. são um desabafo. de alguém frustrado. com a vida real. com os amigos. que a gente descobre que são de mentira. ou imaginários. e infelizmente. a gente cai. e espera levantar. mas o tempo. esse sim é nosso melhor amigo. traz todas as curas. e guarda todas as boas histórias.

7 comentários:

Germano Viana Xavier disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Germano Viana Xavier disse...

Eu já errei demais nessa vida, Jaque, apesar de meu rosto não deixar parecer tanto. E de tanto errar, me coloquei acertos e parafusos para ajuste. Também sou exagerado e quase não tenho amigos. Prefiro livros e filmes, eles são mais sinceros e me ensinam mais. E você escreveu um tostão de minha alma.

Um carinho.
Continuemos...

. fina flor . disse...

com certeza, o tempo é o melhor amigo de todos.... frustrações vem e vão, são como as ondas... só não podemos nos afogar nelas ;-)

beijos, dear e boa semana

MM.

Salve Jorge disse...

Amigo
É abrigo
Pro resto eu não ligo
Se os levo comigo
Que venha o perigo
Que assim tudo consigo...

guru martins disse...

...heheheh...
fez a pergunta
e deu a resposta.
Mas mesmo assim
o texto continua
aprisionador...

bj

Germano Viana Xavier disse...

Muito tombos, Jaque.
Eis uma verdade.


Um carinho.
Continuemos...

Anônimo disse...

Errar faz parte, mas que às vezes torra a paciência... é fato. De qualquer forma, se me permite falar, sei bem o que sente (ou talvez não saiba coisissima nenhuma). Radical, subversiva e sei lá mais o que. às vezes nos passamos por isso não é? Quando simplesmente resolvemos encarar as pessoas como elas são, nuas e cruas. Realismo. Há quem não goste. Eu, bem... eu amo.

beijos e boa semana

Tá linkada.