quarta-feira, 11 de junho de 2008
Ela por Ela
era ela. a culpa não era do mundo. o problema não era de mais ninguém. os objetos estavam perdidos pelos cantos. as paredes ouviam seus lamentos. a televisão sem som. a música tocava repetidas vezes. o telefone silencioso. e ela? bom ela estava ali, parada, esperando alguma coisa. talvez quisesse algo fantástico. ou apenas uma dose de emoção borbulhante. ela fechou os olhos. e tocou o rosto como se quisesse reconhecer sua própria face. a confusão era tanta. ela tinha medo de esquecer como era. podia ser diferente. mas alguma coisa parecia ficar ali. nem tudo era deixado ou transformado. ela não tinha nada anotado. e tinha medo de não se lembrar. deitou na cama. seu cheiro ainda era o mesmo. ela sentia tanto por não saber. mas era ela que não sabia.
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2 comentários:
Ás vezes temos rompantes quando esquecemos quem somos não é? ou pelo menos queremos esquecer. Válido, sempre válido, porque aí temos que nos tocar, procurar anotações, sentir cheiros e acabamos descobrindo um nov eu. Um eu novinho, que estavav lá dentro, esperando que nos perdessemos para encontrá-lo.
Adorei o texto, a visita e venha sempre.
Beijos
Nossa, quantas e quantas vezes não nos sentimos assim...Em uma rotina monotona e sem fim.
As vezes, queremos algo sem ao menos saber o que!tantas vezes,tantas coisas...
Acredito que pelo menos uma vez na vida, todos já se sentiram assim...
Adorei o texto marida!
Beijo
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